“É uma dorzinha fina que bate aqui no peito chamada saudade... Saudade de pessoas, de lembranças, momentos, que eu tenho plena consciência de que nunca vão voltar, nunca irá repetir... Mas já deveriam criar um botão em que pudéssemos apertar e voltar para os momentos bons, aconchegantes que sempre estão aqui em nossa memória, que sempre relembramos e que jamais serão esquecidos. Sinto tanta falta do tempo de criança, das brincadeiras bobas, dos aniversários surpresas, dos brinquedos quebrados, das bonecas riscadas, sinto falta do beijinho de boa noite, do abraço aconchegante durante a madrugada, e são tantas coisas de que sinto falta que ás vezes me esqueço do que sinto falta... Mas eu realmente sinto falta da minha infância porque foi lá a época mais feliz da minha vida, e eu pensando que a época mais feliz seria esta em que estou agora, a adolescência, a juventude, quão tola era eu por ter pensado dessa maneira, sabemos que a infância é e sempre será a melhor época de nossas vidas. É lá onde tudo começa, o primeiro passo, as primeiras palavras, o primeiro arranhão, a primeira queda, o primeiro amor, e tantas outras coisas que vão dando inicio as próximas fases, e sempre iremos olhar pra trás e sentir falta de tudo, até mesmo do sorriso que viva estampado no rosto...
A saudade não vem do nada, vem de nós mesmos, ela parece um tormento, e que invade e se instala e não quer sair mais. É esse sentimento do qual tenho raiva, dessa saudade um pouco estranha e torta, e ainda não entendi porque existe essa tal de “saudade” ela deveria ser extinta isso sim, faria um bem danado pra todos. E porque de fato ela existe? Porque nunca nos contentamos com os acontecimentos? Porque nunca estamos satisfeitos com a vida, e com o ritmo que ela se vai, mas é assim mesmo não é, nunca estaremos satisfeitos com absolutamente nada, sempre iremos reclamar de algo, sempre iremos nos arrepender de ter feito algo, sempre iremos sentir essa vontade de querer viajar de volta no tempo e querer reviver alguns momentos.”